Jornal Bild faz a revelação e diz que Gudrun Burwitz foi uma nazi convicta até à sua morte, no final de Maio.
Himmler com a filha Gudrun GETTY IMAGES
Burwitz trabalhou no BND entre 1961 e 1963, como secretária, tendo sido apontada por Reinhard Gehlen, um antigo general da Wehrmacht, que depois da queda do Terceiro Reich começou a colaborar com os Estados Unidos e que foi conduzido à chefia dos serviços de inteligência da Alemanha Ocidental em 1956. Escreve o Bild que muitos dos agentes recrutados por Gehlen eram antigos membros Gestapo e das SS – a força paramilitar de elite presidida, aprimorada e expandida por Himmler durante o regime de Adolf Hitler.
Gudrun era casada com Wulf-Dieter Burwitz – um funcionário do Partido Nacional Democrático da Alemanha (NPD, neonazi). Era conhecida nos círculos da extrema-direita como a “princesa nazi” ou a “Madre Teresa do nazismo GETTY IMAGES,GETTY IMAGES
A reportagem publicada pelo Bild na passada sexta-feira dá ainda conta da dedicação de Burwitz na reabilitação da imagem do pai e da sua participação activa em diversos grupos e organizações neonazis e de extrema-direita. “O meu pai é visto como o maior genocida da história. Quero tentar mudar essa imagem”, garantira na única entrevista que concedeu, em 1959.
A mãe Margarete Himmler com as duas filhas, Luise Guyon-Witzschel e Gudrun (à direita na foto) GETTY IMAGES
Quando Gudrun tinha 12 anos, o pai levou-a até ao campo de concentração de Dachau. Uma experiência que descreveu como “muito agradável”. “Hoje fomos ao campo de concentração das SS em Dachau. Vimos o trabalho de jardinagem. Vimos as árvores de fruta. Vimos todos os desenhos pintados pelos prisioneiros. Maravilhoso. E depois tivemos imensas coisas para comer. Foi muito agradável”, escreveu no seu diário, citada pelo Washington Post.
Via - https://www.publico.pt/
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