Francisco Doratioto
A Guerra do Paraguai foi um marco para os países que dela participaram. Guerra do Paraguai se diz no Brasil; Guerra da Tríplice Aliança se fala no Rio da Prata e, no Paraguai, é conhecida como Guerra Grande; na busca de uma designação comum se poderia dizer Guerra de 1865-1870.
Dessas designações a que mais se aproxima da realidade é, de fato, Guerra Grande: grande foi sua duração; grande foi o sofrimento humano que desencadeou nas nações envolvidas e grandes foram as conseqüências políticas e econômicas para os países que a lutaram. No entanto, ela também pode ser chamada de Guerra do Paraguai porque, no plano militar, começou com o ataque paraguaio a Mato Grosso – o que na perspectiva paraguaia significava recuperar a posse de um território litigioso-, ampliou-se com a invasão de Corrientes e Rio Grande do Sul e foi travada a maior parte do tempo – por quase 4 anos – no território do Paraguai. Também foi a Guerra da Tríplice Aliança pois nela se assistiu à cooperação argentino-brasileira-uruguaia, pois ao conflito militar antecederam: as disputas entre partidos políticos na Argentina e no Uruguai; o interesse do Império do Brasil de evitar mudanças no status quo uruguaio e a demanda do governo de Francisco Solano López de ser parte no processo político platino. A dramaticidade do conflito repercutiu pelas gerações seguintes, o que deu margem a leituras e releituras de seu significado e, mais, a seu uso com finalidades várias, quer por governos, quer por movimentos intelectuais.
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