O artigo trata da migração de cearenses para a província do Amazonas em decorrência da grande seca que afetou o Ceará entre 1877 e 1879.
Edson Holanda Lima Barboza
*Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Redenção, CE, Brasil. edsonholanda@unilab.edu.br45
RESUMO
O artigo trata da migração de cearenses para a província do Amazonas em decorrência da grande seca que afetou o Ceará entre 1877 e 1879. Acompanhamos os esforços de rearticulação de colônias agrícolas, anteriormente planejadas para receber imigrantes europeus, as quais acabaram incorporando levas de retirantes que buscavam manter atividades similares às de seus locais de origem, com destaque para a agricultura. Destacamos ainda a segunda tentativa de construção da Ferrovia Madeira-Mamoré, frente de trabalho que, além de cearenses, incorporou também imigrantes norte-americanos, irlandeses e italianos. Questões ambientais, esgotamento financeiro, ações de resistência e desvios de recursos inviabilizaram tanto as colônias agrícolas como a ferrovia, causando o retorno dos trabalhadores estrangeiros e a insatisfação generalizada entre os nativos. As elites amazônicas passaram a direcionar as migrações para as afastadas regiões de extração de borracha, isolando e pulverizando novas aglomerações e insubordinações.
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